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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Acorda, vamos pro hospital que a bolsa estourou!!!!!



Acorda, vamos pro hospital que a bolsa estourou!!!!!

E assim começou – ao menos para mim – a experiência mais espetacular e a alegria mais intensa de toda a minha vida...

16 de Agosto de 2011 – 04 da manhã – sou acordado pela Carol aos gritos dizendo: - vamos pro hospital, a bolsa estourou. Parece cena de filme, mas compartilho com vocês o que senti, e que ainda estou sentindo, com a chegada da nossa amada Maria Fernanda.

Tudo começou às 2 da manhã quando Carol sentiu vontade de ir ao banheiro, e de acordo com ela, percebeu sair uma quantidade maior do que a normal de líquido. Mas como na gravidez a cada minuto ocorre uma mudança e uma descoberta, tudo bem, ela voltou para dormir mais um pouco. No entanto, os líquidos continuam a descer, mais e mais, e de repente e não mais que de repente, às 3 da manhã chega à famosíssima contração. Hora então de ligar para a médica, porém, como estava de madrugada e nesse horário até Murphy dorme, celular fora de área.... Começa então a busca desenfreada por um papelzinho – praticamente um pergaminho egípcio – onde teoricamente estava o telefone da casa da médica. Após uma busca digna da equipe de resgate que achou o titanic, eis que aparece o tal papel com o telefone da médica. Contato feito e a orientação dada foi para nos dirigirmos para a Perinatal de Laranjeiras, para exame com o plantonista. PS: até o presente momento, o papai aqui sonhava lindamente até tomar um empurrão seguido do toque de alvorada que dá título a esse posto.

Enfim, quem me conhece sabe que dormir poderia ser minha 2ª profissão, pois desempenho essa atividade com extrema competência, foco e habilidade. No entanto, quando acordado no susto (digo por experiência das vezes em que sou acordado de madrugada por assuntos do trabalho) a adrenalina dispara me deixando pronto pra luta. O que não esperava dessa vez era ver Carol se contorcendo pela casa, bolsas e papéis espalhados por todos os lados e ao mesmo tempo pensar – cacete, é agora que está nascendo a minha filha? Mas ela não está apenas com 36-37 semanas, não demora mais um pouquinho? Não.... Maria Fernanda se empolgou com todas as comemorações que já foram feitas pra ela ainda dentro da barriga e resolveu participar ao vivo!

Em tempo próximo do Usain Bolt nos 100 metros rasos troquei de roupa, coloquei 2 cuecas na bolsa da maternidade (bolsa que a Carol sabiamente já tinha deixado pronta), arranquei o bebê conforto de dentro da caixa do carrinho (obviamente ainda não estava montado), peguei máquina, carregadores de bateria e disse: Estou (estava mesmo???) pronto, vamos!

Carol já se contorcia ainda mais e entramos no carro com direção a Perinatal. Graças ao meu subconsciente quase entrei errado no rebouças pois os planos eram da Maria Fernanda nascer na Clínica São José, pois afinal, lá nós fizemos visita, conversamos com as enfermeiras, etc e de acordo com a nossa projeção era lá que tudo ira acontecer. Esqueça tudo e toca pra Perinatal.

Chegando lá Carol já entoava o hit de Vanessa da Matta – ai ai ai ai ai ai ai ai – para o segurança, que por não ser um especialista na área, imediatamente nos conduziu para a recepção e posteriormente médico plantonista. Repito aqui um dos diálogos que ficaram marcados nesse processo, entre o médico plantonista e esse pai babão:

- Ela está com dilatação 4,5 pra 5... (médico)

- E aih? (Carlos)

- Trabalho clássico de parto, vai nascer em breve

- E aih?

- Vou ligar para a médica dela e informar

- E aih?

- O Sr. pode fazer a internação na recepção

- E aih?

O médico percebendo que não teria muito mais reação de minha parte, saiu.

Fui para a recepção e dei entrada ao processo de internação. Aproveitei essa brecha pra avisar os avós e informar que o grande momento se aproximava. Por sorte consegui também uma tomada pra colocar a bateria da máquina e fazer uma carga rápida para algumas dessas fotos que compartilhamos com vocês.

Fui para a sala de parto e fiz questão de participar o máximo que pude. Como um viciado em performance, disparei o cronômetro do relógio às 6:45 da manhã, assim que os trabalhos se iniciaram, e às 6:50, ouvi o som mais mágico de toda a minha vida!

Pausa, não quero tirar o glamour do momento do nascimento, mas é no mínimo “interessante” ver o médico literalmente pular em cima da barriga pra poder ajudar a expulsar o neném. Sorte que o médico era magrinho... Se fosse do porte do Ronaldo Fenômeno, Maria Fernanda teria quebrado a barreira do som, com tanto impulso!

A coisa foi tão rápida e com tanta emoção que não tive nem tempo de pensar em passar mal... quando me dei por conta, Maria Fernanda já estava nos braços da Carol.

A história continua... de fato as melhores partes começam a partir daí, e principalmente quando no decorrer da noite tive que trocar nada menos do que 7 fraldas em menos de 12 horas.

Mas deixemos essas histórias e outras percepções de um pai babão para um próximo post... afinal, ops, hora de trocar a fralda novamente.

Bjs, Carol, Carlos e Maria Fernanda!